O que nos move a guardarmos
as coisas?
O que nos fascina com o que
se passou?
Será que é pelo fato de ter
ficado ou será que ficou
pelo fato de que fascinou?
Quem somos nós que mantemos
estruturas, pedra e cal?
Lembramos tantas cruzes
e olvidamos tanto açoite.
Elegemos o magnífico, o belo,
o necessário do ontem para
o agora.
Mantemos dores, tijolos e argamassa.
E assim fica isso tudo que
passou, assim preso nisso
que não passa.
Ouro Preto/MG