cansaço, três doses de insônia numa noite de trinta horas
todos os dias
quatro sonhos trancafiados em pensamentos
sonhava ou pensava?
no cômputo da semana já se avistam umas quarenta e cinco
vezes trinta
doses sobre doses sobre doses
no ano encheria garrafas e mais garrafas de pálpebras
fechadas e nenhum dormitar
afinal, vive-se bem no engodo
o único sono factível
parece ser aquele depois de várias doses
dorme-se confuso, seco, encolhido na cama
uma imobilidade de duas horas
gosto de nicotina por todos os poros
nada em si adormece
tudo acordado: expectativas, ânsias, passados
o presente é apenas um estado eternamente desperto
e cansado.
Daí eu me pergunto, onde terá adormecido o “ela” pós 17?
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É que depois dos 17, parece que tudo ainda pulsa aqui. Difícil escolher a trilha… Mas logo sai.
:)
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