I
espreito tua ânsia
de flores e faíscas
teu corpo delicado de
caligrafia precisa
em versos compostos
pelo alumbramento
do orun
avisto tua imobilidade
de portas abertas
para a mudança
II
cá, detrás desse muro
fito pouco a pouco
tua reconstrução
ouso transpor o muro
e meu corpo pedra bruta
constrói-se a própria parede
o máximo do meu toque
é continuar-me em terra
que sustenta teus pés
III
a nada sou indiferente
e minha pena
ser tocado por tudo
é a desatenção plena
e sempre
tropeço em minhas próprias pedras
Difícil comentar mas impossível não tentar… Seus poemas são sempre belíssimos, acho que já disse isso, rs, é uma alma poética em estado puro…
Lindo demais <3
beijos!
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Muito obrigado Jú! Seus poemas estão a cada dia mais belos também…
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Obrigada Guilherme! <3
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