0044. Barroco

Não sei mais de nada,
Pois nada mudou,
Mesmo assim tudo está diferente
Olho qualquer um,
Meu prisma os filtra:
Luzes e estados
Meu prisma prepotência,
Ego e ciência

Vivo no concreto,
Ele me atormenta
Preciso de consolo
Não vejo ninguém realmente
Só vejo o que quero:
Loucos filtrados,
Carnes levigadas,
Sábios peneirados,
Idiotas centrifugados

Tento saber
– não sei o quê –
Me confundo mais
Confesso que ia me
entregar ao Onipotente
Mas algo me apareceu à frente
Incertezas, luzes, estados
Dúvidas peneiradas
Algo à frente, igual
Angústia momentânea – iguais
Não sei mais,
Tudo mudou…

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