enquanto tudo jazia vazio
a noite amanhecia
em pleno raiar do rush
o tempo pulava no futuro
pulsante, oscilante
pretenso disco voador
enevoa a vida do ginásio
que vejo pelo vidro olho
e vidro carro coletivo
ele vai decolar e atacar a cidade
com postes, luzes, carros e plantas
tudo isso, pois minha mente voa
em espiral,
em órbita hexagonal
num geóide universo
da visão antropofágica
do mito lisérgico e astral
planando solarmente
num anfetamínico presente da Moça
da Moça que resolveu fazer tudo isto
minha consciência e espírito
absorvem as luzes, formas e sensações
e o mundo queima