0185. Se os filósofos praticassem…

um lapso de paz cruza a bruma da razão
silencia o logos incansável
ardil aurora, dilúculo na escuridão
buscando a si, ser maleável

encontrando-se serenamente
não pela alcunha de se compreender
apenas tateando sentir-se ente
bastando ser ser, para realmente ser

e a paz me arde o espírito
apenas signo deste ser vão
que tenta valer a pena, apenas aflito

paciente, contorço e recrio toda a percepção
sugo a lógico do martírio
prostrando-me alma diante do ser como questão

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