0388. Julho cerrado

“onde foi parar o prazer à lentidão?”

Tudo fugaz e flébio
Adnâmica seca de julho
O vento colore
O movimento é multicor
A essência é gris
E deságua a seca

A poesia permeia
A lágrima é de lama
A essência é suja
E tosse-se a seca
E os lábios ressecam
— preto ao branco

O sol arde, colore
Dá a velocidade da luz
Uma lágrima que brilha
Seca, suja, rápida
Segundos sussurrados
Lépidos atrozes, ávidos
Contumaz seca

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