urge meu coração
o acalento do passado
a doce incógnita
da dor de ser-me a solidão
ser-me vento
de banhar-me no acre-amargo
de elogios à loucura
de endoidar e evanecer
na agonia do desespero
basta de me dissimular
de me trair
de não me ser
sou-me a solidão
sou a visão turva e desfigurada
do ângulo promovido pela cama e a janela
riscando de poste o quadro idiota
sou-me incógnita
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