Do grito de um pedinte
vem-me a dor de reclamar
o fausto da opulência
joga-me à face ser simples
Os outdoors me segredam
a inutilidade do orgasmo
E levas de carros ao paraíso
como Cérberos motorizados
Eu só quero o tangível do meu ser,
aquilo que se pode me conter
sem falta. Sem precisar sentir-me
frígido de minha própria vida
Hoje são só pequenas metas
Amanhã, quem sabe, todo o meu ser…