0495. Em prol dum encontra-se

Nalgum lugar me esqueci
Nalgum ponto indefinido
Um meridiano longínquo
Um paralelo perdido
De certo num acaso
De fato numa entrega
De longe, num nada

Onde jaz minha luz?
minhas faces? eus?
Só no infinito há um quê
de possibilidade
Marcas de tudo o que
se perdeu (e até o motivo da perda)

Sem lamento, só a constatação
Pérfido, mal me olho ao espelho
Como bom sagitariano, corro
– um dia, quem sabe,
me veja nalgum lugar (eu novamente)

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