com licença poesia
desculpe se te perturbo o sono
mas preciso de uma ajuda
e acho que só você há de me dar
nem teorias, nem teses,
nem transes, nem tensões
nem tesões, nem tecos
nem nada a não ser você
pois me perdi, não me acho
e quem sabe no relance
de uma metáfora
defina-me novamente
pagamento não espere
pois sou pobre qual asceta
juramento não farei
não sou analista para
crer tão mágicas as palavras
amor eu não te darei
estou seco como caatinga
a única coisa que posso oferecer
em retribuição serei eu
encontrado quem sabe
ou talvez na pior das hipóteses
(ou na melhor, quem sabe então senão tu?)
disperso em indefinições
mas vá, ajuda-me novamente!