Só sussurrando o incontido
do inaudível de todo o som
posso pensar no que há de ser
Só sibilando o desdito
do crível de qualquer dom
ouso sentir o que há de ser
Só um devir demoníaco
imponderável pode transpor
as notas que me abraçam
Só a languidez dos metais
adorável ao se disporem
pode traduzir o meu acalanto
Só esse jazz por ele mesmo
pode se transcrever
Eu apenas tento grafar
o que percorre meu ser
nestas ondas que movimentam o ar