Um tomateiro nascido
em meio às réstias
de uma oficina mecânica
e as mangas e as
amoras esgarçadas
nos canteiros centrais
serão o saciar da fome
desses meus irmãos invisíveis
ao plano original.
E entre uma casa só
no reboco e a barreira
sonora formada entre
o rap e o brega
construo meus alicerces
e até planto flores
na ânsia de uma paradoxo
estético.
Meu mundo é esse
miscigenado, pobre e
moldado.
Aqui começam minhas raízes
que saem a ganhar o mundo.