São lilases suas pernas
que percorro calmamente
e tua voz francesa
é poente, agradável e viva
como se parasse
o tempo em sua língua
Nos intervalos comerciais
e em todo interlúdio musical
eu coro à contemplação
dessa música do Djavan
que toco suavemente
até chegar em teu mister
Eu sonho
e cada vez mais
você é o absurdo,
condição que me faz
ficar no mundo
ainda apenas para
tocar o timbre dos
teus tons
Essa poética vespertina
que embaralha as retinas