(Para ler escutando Iara Rennó)
Loucura, loucura, loucura
Vozes
Vidas
vibrando no ar
Entre
Naipis, Naipis, Naipis
vêm cortando o ar
contra o vento
Naipis, Naipis, Naipis
entre
o velado vivo
de vozes nossas
de cada cabeça tontas
tateando o tato
de ar que sulca
os ouvidos como
navalha na garganta
Entre
Naipis, Naipis, Naipis
Som de sangue espirrado
pela garganta vibrado
Entrando
Essas vozes, vidas, vibrações
Naipis