Fujo agora de todo
contato que possa
conduzir-me dentro
de alguém ou que
me deixe com mais
alguns pedaços no
peito arfante
Dá-me pânico conhecer
gente e ver que
é possível o esbarrar
de além corpo aprazível
Bato na madeira toda vez
que uma voz provoca
em mim um arrepio
Faço-me calhorda
insensível sempre que
anseio pelo seio
novamente à luz de uma
manhã entrando
sorrateira pelas frestas
da cortina e borrando
de dourado o corpo
bem quisto e nu
Tangencio o meu discurso
para o lado avesso
do que queria dizer
só pra não redundar
novamente na língua
essa teima dita amor
"Hoje tenho apenas uma pedra no meu peito, exijo respeito não sou mais um sonhador…Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor e dou risada do grande amor…MENTIRA!"
para amorfobia, uma dose diária de AMORPATIA
lindo isso… falou por mim…
às vezes é a melhor opção…