2585. Contos do super-capitalismo tardio (ou passeando pela Alta Modernidade)

no meio do mato
passeávamos eu e minha ingenuidade urbana
quando chegou o moleque:

– você tem eme-pê-cuato-pleier?

– não,
digo

– o meu deve chegar nessa semana,
pedi pela internet,
dois giga

– que bom, hã?
lhe digo

– é, só cinquenta pau…

lhe mostro um livro,
de poesia como sempre,
ele olha:

– fera heim bicho. é tipo um monitor de papel…

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