esse estágio arabesco
de migrar imagens explosivas
– visões em fogos de artifício –
pelo cume do céu limpo de fumaça
faz ver no vão negro da noite
mais formas do que em nuvens
uma polifonia de quartos de tons
numa semifusa escuridão
acompanhando os olhos
pela sinfônica antimeridiana
hora de um sol perperndicular ao chão
lá na China
raízes tomam conta da noite
galhos rasgam o firmamento
e pequenas porções de momento
pingam formas cadentes no emaranhado
tecido que cobre nossas cabeças