do batente pra lá
o concreto torra
certo de que no
asfalto longe
o que emana é a loucura
do batente pra cá
o tempo se transporta
em vagos decibéis
de muriçocas e tapas pelo corpo
e sal liquefeito na pele a escorrer
vibra uma calma tensa
beirando o tesão
único e impossível
resultado para essa equação
cujo coeficiente
é essa hora que avança
e chega mais para trás