Primeira Estação
o espaço exige
fôlego. toda prisão
é territórrida
Segunda Estação
claras, alvas
e quando o março
em abril despedaça águas?
Terceira Estação
o emplastro alívio
unguento de chorume
sorvo cores que curam
Quarta Estação
onde lobos?
nos pés caçadores
que esmagam barro
e bosta
Quinta Estação
tudo um real
da diversão líquida
aos amores sólidos
Sexta Estação
consumo o corroído.
já na barriga
todo plástico alivia
Sétima Estação
o ermo dos ossos
a caverna, sem
sombras, me espera
Oitava Estação
toda reta tem
um início, toda
torta, um suplício
Nona Estação
há que se salvar
em crises, cristas, cristais
em cifras boiar
Décima Estação
quem desce
oito passos para
o claro inferno, no céu?
Décima Primeira Estação
três para render-se
arrebatado num mar
de céu arrebentado
Décima Segunda Estação
como arte, o estado
inanimal de não ver faces,
mas ossos
Décima Terceira Estação
o centro. Roma.
alma morta numa
escada quebrada. pro céu.
Sempre meio boba com as coisas que você escreve…