a mente não cansa de te construir na memória
de te pontuar as partes e ligá-las
uma a uma horas a fio nos rumores áridos do sol
a mente te faz na luz que prateia as ondas
na espuma deslizada da prancha
em tudo te tem, te reflete
não que seja prata, prancha, sol
mas porque tudo que se avista
se reflete no que deixa a vista embevecida
você alocada em todo neurônio ativo
“queria te ser
presente “preto”
e ausentar essa
pretensa calma
das minhas
têmporas com
intensa
e nossa presença…”
queria mais que isso
matar o mote da saudade
essa lonjura de suplício
mergulhado no seu interstício…