o dia acordado na pressa de uma página virada
e um parágrafo lido lentamente
com aquela voz na cabeça aos sussurros
foi antes do sonho
como as manhãs que não acontecem nunca
caladas na pausa do sonho, na entidade desperta do dia,
premendo contra o corpo, gravidade, céu
os talhos inertes na boca e a força
pra romper a manhã adiada
consumindo riso em dentes laminosos
o sorriso do sol brotando breve entre uma chuva longe
seus dentes luminosos rasgando a brevidade
da pausa do sonho, afiada luz
durante o dia
durando marcha lenta, abafada, o estampido dos vagões
cada um dragões dentro do seu dia, peito e fígado
todo um jorge, lança e cavalo, simbiótico
chuva longe, agora dentro, légua de mar nos olhos
faz-te bruma, brilha breve um bem-estar
estando como todos, lado a lado, na plataforma, arrepia a espinha
o bolso chia, corredores e pátios longos, o fim longe
aquela voz sussurra na cabeça a brevidade até o próximo sonho
e lá no infinito, um sorriso brota
fácil, ainda que bruto
Gosto de ler você. =) Bom dia!
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To descobrindo os seus “casulos”… Bacana!
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