Como imaginar a solidão de Deus?
A perfeição pede contemplação
desde si, desde outro
Aquela superfície de sem nada
e só a si em todo o comprimento
Uma largura de nada mais,
e tudo para ser posto
Como bastar-se com o inexistente?
Sem porquê ou para onde
além da própria presença absoluta
ou só a ondulação
do vago da matéria negra
a preencher as minúcias
Deve ter sido um muxoxo,
um enraivecer, uma depressão,
uma saudade
Deve de ter sido de banzo
que Deus se explodiu na grande explosão