explode as grades da garganta
as celas cranianas
canta
que tua voz é cristalina
de fonte profunda
indefinida
vem do centro
vem da terra
vem do vento
desorientado das manhãs
dos rasgos do solo
da solidão terçã
canta na língua destemida
de quem não se veste
e não dormita
no que vaga
no que erra
no que nada
transpassa o ar
desafia nuvens
com teu cantar
que tudo que alcança
o tecido a seda da tua voz
emaranha
enreda
trama
de se prender
e apreender
o que der
como dá
teu canto
prazer.
Prazer foi ler isso.
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Assim como o processo de construção.
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