Havia uma suspeita
ancorada no porto
à beira do cais
Um navio chamado Caos
em algum momento
enfrentaria a arrebentação
Um acúmulo de nuvens
prateava o céu
anunciando a tempestade
O que haveria em meio
à branca espuma
que se turvaria logo mais?
Assim que zarpasse
a brevidade do Caos se daria
Um naufrágio na inquietação azul
Pedaços do Caos à deriva
se veriam à milhas náuticas
enquanto o resto afundaria
mil léguas submarinas
Destroços recompondo-se corais
morada de peixes
Do Caos um equilíbrio em plenitude
mas só depois do desastre
anunciado