quando seu universo não é comungável
quando se é alienígena
quando em sua língua só há um ser ainda falante
quando ninguém lhe tem empatia
quando um mar de sorrisos obrigados avança
quando você não mora sequer na memória
quando se é dos transmundos
quando a palavra companhia é sinônima do seu tronco
quando se escreve para avatares
quando se ri para aparelhos
quando se fala com teclados
quando se toca em busca de prazer
quando tudo o que o contorna é segredo
quando nada mais se faz sagrado
quando não existe troca
quando entre o peito e a garganta um mundo
quando é um mundo que ninguém trafega
quando você resta
está no adiantado da hora, pois
é quando o horizonte se mostra mais amplo
é quando a liberdade não é mera palavra
é quando os instrumentos reverberam
é quando o canto ecoa solitário em si
é quando as cores te dominam
é quando o céu lhe acaricia
é quando os enredos te comovem
é quando o sabor se assemelha à infância
é quando você se enxerga
é quando você escuta
é quando a mente clareia as formas
é quando seu corpo dança no escuro
é quando o quando não importa
é quando todo onde você está
é quando partir chegando
é quando o peito desoprime e a culpa foge
é quando você vai
Bom dia moço das palavras…”…entre o peito e a garganta um mundo…” Tradução linda do viver!
“…É quando você vai.” Me lembrei da Viviane Mosé! Beijo Gui! Fê.
https://www.youtube.com/watch?v=4CrEFX4Bjns
https://www.youtube.com/watch?v=QslBxWXR6ZQ
Mais que adorei a lembrança, Fê! Ainda mais assim, com essa sintonia com a Viviane Mosé… Esses dias ando exatamente a procurar livros dela para me ajudar a suportar a força do tempo :)