3846.

Acende-me a alma: algo como diluir-te alcoólica,
abre-me as mãos: toda a extensão do calor frio,
e refletindo a acústica da tua bahia ir-te,
hirto em lábios moles a tua presença, morena
(que entra pelos sete mil buracos da minha derme
e não paralisa).
Junto tuas peças, colo os teus cacos, e vejo-te
geometria de rosas a pender de cachos com filtros,
costura-me bilro e macramês o peito em floresta,
e a mente ainda se dará às almofadas do teu colo
e espalhado entre as águas dos teus vãos
empunharei o sabor das tuas palavras em minha boca.

Deixe uma resposta