Uma marcha trôpega
capenga
bracaleônica,
rumávamos um tropel desalinhado
novelo de teias dispersas
dissolvidas no ar
tudo passava imaginário
Nossas armas eram retângulos
abaulados
e dizimávamos a nós no percurso
Cada baixa era policrômica
unicórnica
tergiversante
falaciosa
Enquanto isso o front contrário contava
as adesões e gritava que a vida branca importa
Nossos deuses morriam de inanição
e nossos cânticos de guerra
nos levavam os cus aos chãos
Nosso exército sem exercícios militares
e sem milicias que apoiassem
Rumávamos ao léu
nenhures de nada além
e bem sabíamos