Aquele que inicia
acima como abaixo
– fagulha cintila
centelha binária
dentro da expansão
que implode
O brilho da explosão
nos emoldura
antes do universo
o próprio contraespelho
O silêncio da matéria
reverbera na luz
que só emoldura a beleza
pela beleza do negro
A cada manhã o sol
tapa a imensidão da escuridão
com sua luz
e a mentira do azul
– o brilho e o anil que cegam
Toda noite o sol apaga
a sua razão
para o infinito não visto
enquanto cabeças dormem
O sol mente e trai
– atrai
todos os dias
esconde suas irmãs heliocentricamente
ego
Apagar o sol dentro
dois instantes
três
até reencontrar todas as estrelas
aqui embaixo