escorre pelos dedos e pelas brenhas dos neurônios um nada que acomete a força dos dias em se desdizer o ontem de proto felicidades que somente seria no dia que virá. agora o virá virou apenas a expectativa do amofinado anterior que a tudo conduzia cinzas das horas mortas na ânsia de que não seria em momento vindouro. agora é espera de cinzas em urnas e funerárias em admoestação contra o que perturba. a falta da turba e a visualização do espectro de sombras e destroços que impeliam o corpo à inércia pede apenas que tudo seja dito relutantemente. é um incômodo por não acabar. sentar-se à varanda. sentir a companheira não querer sua presença e ansiar a sua presença e não poder falar porque nada pode ser dito nesses dias de vigília e de vidigal. tremores e arrepios se lançam elétricos sobre a pele e sob ela alquimias transacionam mais um semblante de vazio e de vaguidão por entre as horas. espero o nada e ele já se apresenta.
4161. convive 1
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