Levemente passou pelo portal da intolerância
Levemente, em busca de alívio
Sorrateiramente afanou o veículo
Sorrateiramente, sem despertar ninguém
Aflita começou a escrever
Aflita, redigiu suas últimas palavras
Chorando pensou em tudo
Chorando, molhou as letras
Cansada arrumou o local
Cansada, sentou-se em sua cama
Confusa e perturbada, pensou
Confusa, não achou outra solução
Pelo portal da intolerância, tudo tranqüilo
Pelo portal do sofrimento, um barulho
Inesperadamente ninguém ouviu
Dormiam um sono profundo
Dormiam o sono dos justos
Pela manhã, indignados, todos não entendiam
Sofriam, choravam, fingiam
Não entendiam, pois não queriam