o sol irradiava sua luz
a chuva a absorvia e a refletia
num prisma silencioso
um arco de cores psicodélicas
pousava no céu gris
a luz penetrava tudo
e a tudo dava vida
e nesta periferia
reconhecia o Eldorado
raios cortavam o horizonte
e mostravam a vida do universo
um mar vagava no infinito
um mar de águas d’ouro
de ondas elétricas e maresia sonora
a água molhava e dava vida
e a luz a conduzia
casavam-se neste universo
– e luz e a água –
e eu por testemunha
e a incaica moeda jazia
nas linhas do quadro mundo
trazendo sua irmã prateada
tudo girava em minha mente
e eu Via
um tudo sincronizado
dourado
iluminado e iluminando
a percepção de quem quer
Ver algo dourado
e o resto do mundo e da vida
corria voraz
sem contemplar o hidroxihélio
espetáculo de ondas e matéria
que manchava suas vistas
de úmido amarelo