Como tudo se renova
Como a dor se reproduz
O passado me apavora
E a melancolia me conduz
Todos se mostram inaudíveis
A meus gritos silenciosos
Preferem ver imagens horríveis
E degustar doces saborosos
Cada um prefere seu eu irreal
E os reproduzo em silêncio
Cato o mal de cada qual
E afundo o meu lamento
Busco resposta para algo
Que não sei bem o que é
Consome meu espírito em alto
Degustando toda a fé
Ignoro a dor carnal
E queimo-me em idéias
Leviano, libo-me como tal
E apago a concepção séria
Viajo muito sem saber o porquê
Viajo, viajo, viajo e viajo
Deparo-me com meu ser
Em meio a um ato falho