0148. Marcas mágoas (águas passadas que ainda não passaram)

Como tudo se renova
Como a dor se reproduz
O passado me apavora
E a melancolia me conduz

Todos se mostram inaudíveis
A meus gritos silenciosos
Preferem ver imagens horríveis
E degustar doces saborosos

Cada um prefere seu eu irreal
E os reproduzo em silêncio
Cato o mal de cada qual
E afundo o meu lamento

Busco resposta para algo
Que não sei bem o que é
Consome meu espírito em alto
Degustando toda a fé

Ignoro a dor carnal
E queimo-me em idéias
Leviano, libo-me como tal
E apago a concepção séria

Viajo muito sem saber o porquê
Viajo, viajo, viajo e viajo
Deparo-me com meu ser
Em meio a um ato falho

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