(para a dourada)
uma exclamação
e ganho uma poesia em meu dia
presenteiam-me com um fragmento
desta Fênix que há de ressurgir das cinzas
uma fênix-iara-poema-doirada
que brota da poetiza não finda
e seu verso morto tão vivo
assombra meus neurônios
e meu espírito
mas qual será o desejo oculto?
verdades não conheço
e tento satisfazer tua alma faminta
com estas linhas
tal qual sopas de letrinhas
(se a sopa te amargas os olhos, por favor, desculpa-me já agora, e não continue lendo então, mas se as palavras são inocentes de um sentimento qualquer em ti ou se te fazem gosto, degustes mais algumas colheradas e faça teu juízo sobre mim)
dizes que estás seca e sem fé
e eu oro por tua umidade
falas de novelas, aromas, beijos e finais…
e eu a imaginar e tecer começos –
me confundo
minguo, e vejo em tuas letras
uma aurora, uma essência
e meu sempre e eterno MAR
queria ousar, queria poder
e como tu, me calo o observo
e tento jorrar timbres doces
que saciem tuas dores
tuas linhas amenizam minhas retinas
e ao lê-las procuro o mistério
o secreto e o oculto irrevelável
e tento revelar
mas “não ouso, não posso, não devo”
parafraseio-te e tento te desvendar
mas não sei o que há
e o que há em mim,
também não ousei constatar
meu espírito suspira
e fulgura em dúvidas flúidas
poetiza,
revela-me teus mistérios
que te mostro meus eus
(será ousadia?)
(será que devo?)
e que fique assinalado
vacilarei na hora de te entregar esta confissão (?)