notas de jazz rasgam a solidão
facadas jazzísticas abrem chagas
e escorrem memórias em sangue
– a dor provoca um riso frouxo
dias despreocupados voltam
sobre o corte exposto ao som
uma ferida sutil e alegre
que martiriza o contido antes do jazz
passados. pretéritas passagens
advindas em feridas estupidamente
alegres
e o jazz perfura ainda mais a carne
e o sorriso abre-se mais em minha face
como um corte produzido
pelas notas de um jazz que
rasga a solidão estampada
em uma fronte de incógnita