“Bom dia”
diz-me o canto da aspereza
“já morreste hoje?”
completa em sarcasmo
“já morri duas vezes
em menos de meia hora”
respondo bucolicamente
sem esperança alguma
e morro realmente
mas uma morte avessa
que me dá a forma de pluma
uma morte cortiça podre
boiando em um lago
onde apodreço incrustado
de seres eus