1075. Soneto do poema em branco

Este é o poema em branco
escrito a beira da loucura
e no limiar da razão
um vazio que adorna
a barreira entre a vida
e a morte: a alma

Este é o poema em branco
que brota a aflição
do vazio e do tudo
contido: a alma

Este é o poema em branco
do sacer fare e do
änima, uma ilusão do real.

Este é um poema opaco e prenhe.

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