talvez se eu fosse um servidor público
quase um vassalo dos papéis
tudo fosse mais fácil para se dizer
o respeito estampado no peito
do tamanho de um grande curso acadêmico
da profundidade do vão da porta de uma garganta
poderia ser que se eu o fosse,
um servente do Estado, estando sempre em estado
de servir para ser um coringa numa corte qualquer,
eu não fosse cortado de meus próprios planos
e uma vez tendo casa própria e
anel de brilhante, poderia até esquecer
as idéias brilhantes que me acometem a mente
e viver de idéias tolas, tolhidas de mau senso, só o puro bom senso da classe média