2363. Pós IV – Eco fantasioso

quando de criança eu lembro
daquela fantasia de ser gente grande
de ter vinte e poucos anos
e ganhar o mundo
ser homem feito e sabedor de tudo

hoje sou isso ainda
mas cada vez mais uma memória diluída
pela ação do tempo
ainda assim fantasiosa
de que aquela onda que percorreu
montanhas longínquas de meninices
retumba aqui forçosamente
e sem força, fraca como anêmica
a me lembrar o que posso dizer de mim
para eu mesmo
e me abrigar em ser algo
que foi proposto tantos anos atrás
para identificar o hoje

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