que o novo
venha a todos nós
como aquele nó que faltava
para alinhavar a costura
que se escreva mais
e se pense um tanto menos
e se sinta esse tanto que é mais
que se saiba e sinta pensar sentir
e sentir pensar
que se música plena
boa onda vibrada pelo ar
até tremer a alma
que se leia o que for bom
para saciar a fome
e que se coma o que for necessário
para que ninguém sofra
que se seja
que assim seja
que se beije
e se beija
que se ame e entre e adentre
e se deixe adentrar
e trema como música vibrada
que se goze
que se sue o que não alienar
que se estude o que ainda valorizar
que se goste e se gaste
se desgaste pelo tempo
deixe as erosões e intempéries gastar
deixe o rosto amofinar pela idade
que se envelheça
que se corpo
que se outro
que se todos
e todas que puder enfiar em si
que percorra o mundo e as vidas
e se deixe percorrer
que se corra para onde
e se pare pelo quando
que se necessite
que se precise
que queira e consiga
e convide quem quiser também
e compartilhe e não se ilhe
além do medido
que se desmeda
e se desemenda
e perca o medo de se cortar
e se colcha de retalhos quando precisar
que se seja
que assim seja
que não pare