Quantas e quantas vezes o mundo desmorona
dentro das entranhas
no íntimo dos tecidos
juntando em cada códice partículas mundanas,
corolários de cânceres,
com gosto de sem.
Quantas e quantas vezes mesmo o mundo desaba
dentro da cabeça
no ínfimo dos sentidos
aglutinando no córtex neuras e neurônios néscios,
nódulos de nada,
com nuances de com.
Quantas e quantas vezes ainda o mundo descamba
dentro do espírito
no istmo do recinto
conectando em todo corpo sensível ausências desmedidas,
sobras de solidão,
com o peso de cem.
Quantas mesmo?
Acho melhor não contar…
Às vezes é mais forte.