no flow da passada
no moinho de vento
no martelo rodado
no tapa
na oralidade eletrônica
no mix devir
na flecha da ponto quarenta
o passado se conecta
moto perpétuo
não ressurge
o passado é
vapor pra cima
a treta é densa
ninguém saca porra de nada
a não ser quem tá dentro da parada
era chibata
era chicote
gás de pimenta é mote
cassetete
grade e cacete
sem exalar o olor das flores campestres
o esgoto corre podre pelas
beiras das senzalas
todas às favas, as favelas desencantadas
pelas sociologias de cafés e bistrôs
o bonde tá formado
corre mais quem tá no lodo
quem tá no asfalto não sabe do bote da cascavel
ou do bote da bura
ganha os ares em helicópteros
ganha as cifras e os cifrões
ganha a grana e a gama dos horizontes de expectativas
rouba futuros
oxalá ganhará artilharia antiaérea
na lata
na fuça
nas venta
assados no rolete
o quilombo é o front
nos lemos malês inteiros
a aldeia é o front
xavantes avante guerreiros
o banco é o alvo
a democracia participativa é o alvo
a comunicação é o alvo
liga nóis não
o xis da questão é o foco
é o alvo
você é o alvo