Acompanhados desde longe, ficamos
como tudo antes da parada
– a mente em sobressaltos dentro do crânio.
O tempo que se moveu sonolento
despencou em letárgica velocidade
chega esmagou tudo.
A cidade pouca e larga:
cimento, postes, ipês, sol;
e dentro da luz a pino no meio do meio-dia
foi verde o que parou, a praça
em tom brilhante, a ideia com gosto
quando se sabe com a pele,
com a veste dos olhos despida
a desnudar as entranhas
borbulhando aquilo que impele pelos.
Um pombo cruzou o céu
outro pássaro marcou frutas ao largo dos casais.
A paz poderia, mas ficou parada:
“Precisamente, parar é o mote”
antes que alcançasse o céu.
Antes do tempo, ficamos
para ficar com a terra e seus frutos,
alimentar pássaros e se debruçar
pelo largo da cidade, borbulhando
sem sobressaltos
sem céu para voar.