3986.

não por agora,
disse

a máquina da ansiedade
ligada
o motor mercurial de marte alucinado
antecipa o passado
reticências insistentes
passa o futuro

eu não sei o que se passa
só o que passa presente
como em mil novecentos e oitenta e um
ana c e paulo paes,
mora?

saí das redes, não sei o que se passa
se instalou lá onde não estou
eu disse oi para o éter
fiquei com o momento presente
traços cinzas das cinzas sem respostas
não como em mil novesentes e oiatenta e ruim

liberdade, construção caduca ideacional
não sei mais o que se passa
a teletela do desejo como dois animais
não há mais segredos
não há mais degredos
há medo e mote e glosa
nada se mete
nada responde

fiquei no vácuo das redes
afirmado para o quê
contradizendo o quê
te vi de relance
depois sumiu
não tinha mais redes
nem sei mais o que cê pensa

nem sei mais,
mora?
como em 1981

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