Um tempo de têmporas e reviradas,
sempre soube que o passar desvia o eixo
que o fato não acalenta a lida
e o pouso se intromete nas cercas
Um trajeto de sangue e revoadas,
nunca disse que a trilha era do início ao fim
que o marco não enganaria os horizontes
e que o fluir não desintegraria as raízes
Eu ponderei o pó por onde andei
e perdi o rastro na poeira levantada
As partes não se encaixam
num mundo de calor e gelo
Há o que comprime e o que expande,
uma revoada de bichos solitários
na noite mais clara que já existiu
Perdi a tessitura da claridade e da escuridão
como todos os bichos se esquecem agora
o translado para onde
Onde urge um fim