quando desci até o profundo
havia uma disposição enramada,
em cada bifurcação mais uma
e só se avistavam bifurcações
qual das mil me levaria
eu deambulava em digressões
em cada ponto bifurcado
algo que transitava nos dois lados
e um cérbero cobrando do cérebro
um óbulo pela travessia
nada era fácil depois que minha face
havia se estampado no mundo
era preciso retomar o rosto
o contorno da minha imagem
as curvas que transpassaram os anos
e enrugavam ao solavanco dos outros
no profundo da superfície
qualquer jogo te diz quem você é
mas as sendas era múltiplas
e nenhuma era minha, eram marcos
onde eu perdi o trajeto
já não era possível o percurso
nenhuma visão se contempla espelho
quando a luz não vem de si
cada caminho era o calcanhar dos outros
que pouco intuíam do arrazoado
dos passos a serem dados,
apenas formavam faces com os pés
e os pés bifurcavam dedos e dores
que eu seguia no profundo da superfície
para
onde