acordei num solavanco
quatro horas se muito de sono
e um sobressalto
suado
havia sido um sonho desses acordados
meio controlado
como visualizar a palma
da mão até o voo desprendido
contudo
não existia mais o resquício
o vestígio
só uma pista:
eu havia dormido
e quando acordei queria
a morte
suada
não sei o que me sabota
se a insônia ou o sopro
raivoso de lá de fora
e ainda tem a possibilidade
do de dentro
meus olhos estão baixos
e tudo me abandonou
como os pássaros diante da noite
repousam o que não dormi
eu quero a morte
como quem se desprende
de todos de todos os pesadelos
somem mais um bom punhado
nessa equação onírica e espiritual:
meu carma não está em coma
é mais como um abscesso
300 gramas esperando
parar para a próxima tentativa.