O fato é que a assunção – ideológica? – de tantos e tantas a serem e não praticarem, ocorre de forma contumaz em contrário de uma prática mais agressiva, mas nunca tida como a sua real constituição.
Explico: esses tempos, no colégio, tenho me deparado com um punhado de jovens aos quais e às quais só posso classificar como evangélicos e evangélicas não praticantes. Vão até o chão se preciso for, bebem Kriskoff e Pedra 90 se assim vier, mas são crentes, sempre e antes de tudo.
Tal curiosidade me levou a um momento atrás no tempo em que andava às tantas pelos mesmos locais em que um senegalês também estava – cá em terras ameríndias vivente há uns três anos. Colávamos por ambientes de samba, djamba, suor e cerveja e em certo dia descobri que ele era muçulmano.
Me surpreendi, confesso.
Talvez e certamente por preconceito, mas enfim, tomei coragem um dia e o inquiri: e como você lida com os vícios? Ao que ele me retorquiu: rapaz, depois que cá vim, deparei-me com o curioso fenômeno do católico não praticante, encantei-me, desde então inaugurei esse mote de ser islâmico não praticante!
Disso só consigo identificar uma coisa: no Brasil a não prática praticante é que ordena a crença e a fé.