pausa: pensemos.

“O livro, como um livro, pertence ao autor, mas como um pensamento, ele pertence – a palavra não é tão vasta – à humanidade como um todo. Todas as pessoas possuem este direito. Se um desses dois direitos, o direito do escritor e o direito do espírito humano, tiver que ser sacrificado, certamente o direito do escritor seria o escolhido porque o interesse público é a nossa única preocupação, e todos, eu vos digo, devem vir antes de nós.” (Victor Hugo, Discurso de Abertura do Congresso Literário Internacional de 1878, 1878)”

Mais coisas aqui.

pausa: pausa, pausa, pausa!

Com ela eu casava, lavava a roupa, fazia a comida, cuidava dos filhos, visitava a sogra, passeava com o cachorro e ainda seria o arrimo da família e nem cobraria fidelidade:

Alessandra Leão

Varanda

Armei a minha rede na parede da varanda
Balanço eu vou
Balanço eu vou

Catando eu sou o vento
Dormindo eu viro brisa
Balanço eu vou
Balanço eu vou

Armei a minha rede na parede da varanda
Balanço eu vou
Balanço eu vou

Catando eu sou o vento
Dormindo eu viro brisa
Balanço eu vou
Balanço eu vou

Tá armada a minha rede na varanda
Cantei, o vento já deu
Um sopro de brisa leve
que te governe
quem vai sou eu

Tá armada a minha rede na varanda
Cantei, o vento já deu
Um sopro de brisa leve
que te governe
quem vai sou eu

pausa: várias doses

Engasga Gato

(Kiko Dinucci e Bando Afromacarrônico)

Fui na casa do expedito
Tava cheia de mosquito
Eu num sei se foi macumba
O meus’ói tava esquisito

A urucaca da velhaca
Taca a pata faz trapaça
A danada é das braba
Na arengada de mulata

Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca
Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca

A cachaça venenosa
Cangibrina das maldosa
Abrideira aca açu
Canha pinga engasga-gato

Quando era meia-noite
Era fogo era porre
Carraspana chuva ema
Fogo ganso gata jorna

Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca
Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca

O gole da madrugada
Na penumbra é meu achote
O xinapa e seu novinho
Quando bebe arrota morde

Os meus’ói tá doente
Tá sofrendo de exagero
Vê macumba na cozinha
Diz que é culpa da caninha

Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca
Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca

pausa: Uma pausa, uma oração.

São Jorge

(Juçara Marçal [en]canta, Kiko Dinucci arma toda a prosopopéia…)

Guerreio é no lombo do meu cavalo
Bala vem mas eu não caio, armadura é a proteção
Avanço sob a noite iluminado, luto sem pestanejar
Derrubo sem me esforçar, a guarnição

A guimba e a fumaça do meu cigarro
Cega o olho do soldado que pensou em me ferir
Com um sorriso derrubo uma tropa inteira
Mesmo que na dianteira sombra venha me seguir

O gole da cachaça esguicho no ar
Chorando na labuta ouço a corrente se quebrar
E o golpe do destino esse eu sinto mas não caio
Guerreio é no lombo do meu cavalo

PS: Dispensem os “comentários” do grandioso “apresentador” e ignorem a moçoila bonitinha tentando acompanhar o ritmo da música…