Categoria: De outras paragens
pausa política: porque tem me dado angústia nos ovos
pausa: porque cauby
uísque, 10º andar, postes lumiando o horizonte, aquela sensação estranha de que é, visão de futuro quando tinha 13 anos, saudade do que virá
pausa: porque é itamar
“quando você menos espera…”
pausa: para re(s)pirar
“onde estará a rainha,
que a lucidez escondeu?”
pausa: para eles passarem
pausa: melhora.
pausa: procurar e pairar
Dando uma pausa nos trabalhos, buscando matéria poética, conhecendo outras capitais, elaborando elucubrações estéticas, morrendo de amores, e dores e mais, repensando a moral e a ética, vivendo de pós-carnavais…
Até breve com e sem métricas e mais!
Fiquem na companhia dessas mauditivas líricas sonoras:
pausa: pensemos.
“O livro, como um livro, pertence ao autor, mas como um pensamento, ele pertence – a palavra não é tão vasta – à humanidade como um todo. Todas as pessoas possuem este direito. Se um desses dois direitos, o direito do escritor e o direito do espírito humano, tiver que ser sacrificado, certamente o direito do escritor seria o escolhido porque o interesse público é a nossa única preocupação, e todos, eu vos digo, devem vir antes de nós.” (Victor Hugo, Discurso de Abertura do Congresso Literário Internacional de 1878, 1878)”
Mais coisas aqui.
pausa: pausa, pausa, pausa!
Com ela eu casava, lavava a roupa, fazia a comida, cuidava dos filhos, visitava a sogra, passeava com o cachorro e ainda seria o arrimo da família e nem cobraria fidelidade:
Varanda
Armei a minha rede na parede da varanda
Balanço eu vou
Balanço eu vou
Catando eu sou o vento
Dormindo eu viro brisa
Balanço eu vou
Balanço eu vou
Armei a minha rede na parede da varanda
Balanço eu vou
Balanço eu vou
Catando eu sou o vento
Dormindo eu viro brisa
Balanço eu vou
Balanço eu vou
Tá armada a minha rede na varanda
Cantei, o vento já deu
Um sopro de brisa leve
que te governe
quem vai sou eu
Tá armada a minha rede na varanda
Cantei, o vento já deu
Um sopro de brisa leve
que te governe
quem vai sou eu
pausa: várias doses
Engasga Gato
(Kiko Dinucci e Bando Afromacarrônico)
Fui na casa do expedito
Tava cheia de mosquito
Eu num sei se foi macumba
O meus’ói tava esquisito
A urucaca da velhaca
Taca a pata faz trapaça
A danada é das braba
Na arengada de mulata
Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca
Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca
A cachaça venenosa
Cangibrina das maldosa
Abrideira aca açu
Canha pinga engasga-gato
Quando era meia-noite
Era fogo era porre
Carraspana chuva ema
Fogo ganso gata jorna
Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca
Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca
O gole da madrugada
Na penumbra é meu achote
O xinapa e seu novinho
Quando bebe arrota morde
Os meus’ói tá doente
Tá sofrendo de exagero
Vê macumba na cozinha
Diz que é culpa da caninha
Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca
Malunga água de briga marafu maria branca
Entoava na subida e três tombo na barranca
pausa: Uma pausa, uma oração.
São Jorge
(Juçara Marçal [en]canta, Kiko Dinucci arma toda a prosopopéia…)
Guerreio é no lombo do meu cavalo
Bala vem mas eu não caio, armadura é a proteção
Avanço sob a noite iluminado, luto sem pestanejar
Derrubo sem me esforçar, a guarnição
A guimba e a fumaça do meu cigarro
Cega o olho do soldado que pensou em me ferir
Com um sorriso derrubo uma tropa inteira
Mesmo que na dianteira sombra venha me seguir
O gole da cachaça esguicho no ar
Chorando na labuta ouço a corrente se quebrar
E o golpe do destino esse eu sinto mas não caio
Guerreio é no lombo do meu cavalo
PS: Dispensem os “comentários” do grandioso “apresentador” e ignorem a moçoila bonitinha tentando acompanhar o ritmo da música…
