Na alvorada de um novo dia
Todos, cidadãos comuns,
Por ele passam: apenas mais um
Hoje, vejo-o como antes não via
Mundo maravilhoso
Que a luz do sol irradia
Vejo a lua, círculo formoso
Nossa irmã que a luz reflete
E com ela cresce e sem ela míngua
Nova rotação, tudo repete
Dos mistérios do universo
Nada fala mais nossa língua
Criticam os meus versos
Por saírem da lógica da rua
Por falar do vermelho das cinco
Ou da saída de uma falua
A realidade mundana dói demais
A estranha é incompreendida
Por que não falar das duas
Se ambas são reais?